O metrô de Caracas é o meio de transporte mais utilizado pelos caraquenhos. É considerado como a espinha dorsal da cidade, já que conecta os seus quatro pontos cardiais e em comparação com o sistema superficial de transporte, é rápido e relativamente seguro. O sistema conta com 5 linhas, 53 estações e uma extensão total de aproximadamente 70km. Funciona todos os dias do ano, das 05:30 às 23:00. O preço mínimo de um bilhete é de 4 Bs.
A cidade de Caracas, oficialmente Santiago de León de Caracas, é o centro político, econômico, financeiro e cultural da Venezuela, além de ser a capital do país. Conta com uma população de aproximadamente 3 milhões de habitantes, 5, se incluirmos a região metropolitana.
A periferia de Caracas é a zona que possui maior densidade populacional, o que faz com que o centro da cidade se caracterize como uma zona congestionada de segunda a sexta e um pouco mais vazia nos fins de semana. A demanda era enorme, e o sistema de transporte era pouco precário.
Devido a tudo isso, na década de 1960, as autoridades locais decidiram estudar a possibilidade de criar-se um sistema de transporte subterrâneo que atendesse as demandas da população. Em 1968, contratou-se um grupo de empresas internacional que se encarregaria pela construção do que hoje é o Metrô de Caracas.
Após estudos realizados pelo grupo de empresas contratado e também depois de chegar-se a um acordo para que se pudesse levar a cabo as expropriações nos terrenos que seriam utilizados para a construção, a edificação do Metrô de Caracas foi iniciada em 1975.
A linha 1, cuja extensão abarcava os extremos Leste e Oeste da cidade com o trecho Palo Verde-Propatria, foi inaugurada em 1983 em uma primeira etapa com 8 das 22 estações que viria a ter. Nos anos seguintes, as autoridades da cidade ampliaram significativamente o sistema, que agora conta com 5 linhas.
O Metrô de Caracas conta com um total de 52 estações, distribuídas em 5 linhas, que juntas totalizam 70 km de extensão.
A linha 1 vai do Leste, do bairro Petare, até o Oeste, ao setor Catia, passando pelas estações Palo Verde e Propatria respectivamente. Possui um total 22 de estações, distribuídas ao longo de 20km, cortando o centro da cidade. É a linha mais velha, tendo sido finalizada em 1989, apesar de também ser a mais moderna.
A linha 2, apesar de inaugurada em 1987, só foi totalmente finalizada em 2006 e possui duas rotas. A primeira, com sentido Las Adjuntas-Zona Rental, conta com 14 estações e 23.1 km de extensão, unindo a Paróquia Macarao com a Zona Rental da Plaza Venezuela. A segunda, Zoológico-Silencio, possui 11 estações e 8,6 km de extensão. Passa pela região de Caricuao até El Silencio, no centro de Caracas. Para reconhecer os trens que vão de uma estação a outra, é necessário perguntar a algum passageiro, já que estes raramente estão identificados.
A linha 3 foi inaugurada em 1995 com 5 estações, chegando a contar com 11 no ano de 2010. Esta linha conecta a Paróquia Coche com a Plaza Venezuela, percorrendo 10,6 km ao sul da cidade, onde se conecta com a ferrovia Los Valles del Tuy na estação Rinconada. Além disso, essa é a linha da icônica Cidade Universitária, patrimônio da humanidade, pertencente à Universidade Central de Venezuela.
Por sua vez, a linha 4 é uma extensão da linha 2. Conta com apenas 4 estações e 5.5km. Suas estações são Teatros, Nuevo Circo, Parque Central e Zona Rental, que por sua vez se conectam com a linha 2 da estação Capuchinos.
A linha 5 ainda está em construção, apesar de ter sido inaugurada em 2015 com apenas uma estação, chamada de Bello Monte, que por sua vez, conecta-se como extensão à linha 4 na estação terminal Zona Rental.
O sistema do Metrô de Caracas conta com um horário fixo, as 05:30 às 23:00 de domingo a domingo, independentemente de feriados.
Os bilhetes diferenciam-se pela cor, além de possuir versões simples e integradas.
Eles podem ser adquiridos em bilheterias dentro das estações bem como em pontos que tenham a logo da companhia de transporte. Além disso, o usuário dispõe dos Cartões Metro, que são recarregados em função do número de viagens. Os bilhetes se classificam da seguinte forma:
Simples: Tem a cor amarela e é utilizado para apenas uma viagem, sem limites de estações ou transferências a outras linhas. Custa 4 Bs. Devido ao controle de câmbio estabelecido no país, não é possível dar uma cifra equivalente em outras moedas, como em dólar ou euro. Portanto, não convém pesquisar o câmbio da moeda antes de viajar ao país.
Simples Integrado: Também amarelo, esse bilhete oferece o mesmo benefício do bilhete anterior, mas além disso, ele também pode ser utilizado para uma viagem de ônibus no MetroBus. O custo desse bilhete é de 6 Bs.
Ida e Volta: Este bilhete permite que os usuários realizem duas viagens (ida e volta) no Metrô de Caracas. Como o simples, também é amarelo, mas custa 8 Bs. É recomendado para viagens específicas, nas quais apenas seja necessário abordar o metrô uma vez na ida e uma vez na volta.
Ida e Volta Integrado: É bastante parecido ao bilhete anterior. Permite uma viagem de ida e volta sem limite de estações ou transferências entre as diferentes rotas do metrô, com a particularidade de que oferece a possibilidade de uso do MetroBus, com duas viagens. Custa 12 Bs.
Multipasse: Possui a cor laranja, e é especialmente recomendado para pessoas que utilizam o metrô diariamente. Com esse passe, os usuários dispõem de dez viagens sem limite de estações ou transferências. O passe custa 36 Bs.
Multipasse Integrado: Como o anterior, esse passe é laranja e oferece dez viagens sem limite de estações ou transferências, mas além disso, ele também conta com dez viagens no MetroBus, o que é muito conveniente para quem utiliza ambos serviços de maneira recorrente. Possui um custo de 54 Bs e é o bilhete mais caro de todos.
Cartão-Metrô: É vermelho e estampado com a logo da empresa de transporte. Nele você pode carregar 20, 30 ou 40 viagens, depende de sua necessidade. 20 viagens custam 78 Bs, 30 viagens saem a 108 Bs e 40 viagens a 144 Bs. Os cartões podem ser recarregados em pontos de venda ou nas bilheterias eletrônicas disponíveis por toda a rede de metrô.
Cartão-Metrô Integrado: É idêntico ao Cartão-Metrô normal, também de cor vermelha e com a mesma quantidade de viagens, mas com a diferença de que também pode ser utilizado no MetroBus. 20 viagens custam 108 Bs, 30 custam 162 Bs e 40 saem a 216 Bs. É a mesma quantidade de viagens, tantos nos ônibus como no metrô, sem limite de estações ou transferências.
Estudantes: Estudantes de todos os níveis dispõem do bilhete Estudantil Simples e Integrado, que permitem dez viajes pelo preço de 0,9 Bs por viagem. Os bilhetes são azuis, e geralmente vêm em pacotes de 5 ou 6 unidades, que podem ser comprados em estações específicas do metrô, de acordo com o endereço de residência do estudante. No caso do bilhete integrado, as viagens custam 1,2 Bs, no metrô e também no MetroBus.
Idosos e Deficientes: Mulheres maiores de 55 e homens maiores de 60 anos não pagam, nem pelo metrô nem pelo MetroBus. Esses serviços são totalmente gratuitos para esses grupos, que também contam com a colaboração do pessoal do metrô, funcionários capacitados para oferecer toda ajuda necessária.
O metrô de Caracas possui conexões com outros transportes que o complementam, assim como todas as suas rotas se conectam em alguma estação. O ponto central fica na estação Plaza Venezuela da linha 1, que se conecta com as linhas 2, 3 e 4. Na mesma linha, o metrô se conecta em outras estações com sistemas complementares de transporte, como por exemplo, o BusCaracas na estação La Hoyada. Este trata-se de um sistema de trânsito rápido, composto por ônibus articulados que atendem o centro da cidade de norte a sul e que é considerado como a linha 7 do Metrô de Caracas apesar de não se subterrâneo.
Por sua vez, no extremo leste da mesma linha (linha 1), o metrô se conecta com o CableTren na estação Petare, que atende diversas regiões do bairro Petare.
No caso da linha 3, esta se conecta na estação La Rinconada com o sistema ferroviário Los Valles del Tuy, que atende as localidades de Charallave e Cúa, na região periférica da cidade.
A linha 2 possui conexão com o Metrô Los Teques, que atende a localidade de mesmo nome em sua estação terminal “Las Adjuntas”.
A linha 4 também dispõe de conexões com outros sistemas, especificamente na parada Parque Central, onde se conecta com o MetroCable, um sistema de teleférico que atende a zona de San Agustín.
A estas alternativas que complementam o Metrô de Caracas, estão incluídas todas as rotas do MetroBus, que atendem as zonas próximas às estações.
Não existe uma conexão direta entre o Aeroporto Internacional de Maiquetía Simón Bolívar e o Metrô de Caracas, nem sequer pelo MetroBus. Não obstante, caso pretenda chegar ao terminal aéreo utilizando o metrô, você deverá pegar a linha 1 até a estação Gato Negro. Uma vez lá, nas saídas de cada terminal você poderá encontrar linhas de táxis que com destino ao Aeroporto de Maiquetía.
Vale ressaltar que o aeroporto não fica propriamente em Caracas, mas sim uma cidade satélite, La Guaira, e por isso, a necessidade de utilizar outro meio de transporte para completar o trajeto. O custo é negociado entre ambas as partes no momento de utilizar o serviço, e essa é a única maneira de chegar até o aeroporto, já que não há nenhum outro meio de transporte público superficial que atenda esta demanda e vá até o aeroporto.
Espera-se que a linha 5, cuja inauguração da primeira estação ocorreu em 2015, continue sendo ampliada até cobrir mais 13 km. Na futura estação terminal dessa linha, os usuários poderão dispor do – também em construção –, sistema de metrô Guarenas-Guatire. Este unirá ambas localidades e cidades satélites com a capital do país.
A linha 6 encontra-se em fase de planejamento, e possuíra duas estações, que por sua vez conectarão a estação Zoológico da linha 2 com a estação La Rinconada, da linha 3. Dessa maneira, os passageiros também poderão chegar às estações da linha 2, sem a necessidade de chegar até a linha 1 para fazer a transferência.
Há projetos que visam expandir o Metrô de Caracas até os setores Hatillo e Prados del Este no sul da cidade, mas os estudos necessários para que isso aconteça ainda não foram iniciados.
A Cidade Universitária de Caracas, que integra o campus da Universidade Central da Venezuela, foi declarada patrimônio da humanidade pela UNESCO no ano de 2000. Seus espaços encontram-se cheios de arte e cultura por todos os lados, e é lugar de encontro de estudantes, acadêmicos e visitantes. O Aula Magna é um ícone do complexo, onde são realizadas inúmeras apresentações teatrais ao longo de todo o ano.
O Estádio Olímpico é testemunha das mais apaixonantes partidas do futebol nacional, bem como das eliminatórias sul-americanas. Acompanhado pelo, também importante, Estádio Universitário, lugar que ano após ano dá vida ao beisebol nacional, esporte sumamente popular no país. Ainda, para os amantes das plantas, o campus possui um jardim botânico dedicado ao estudo da flora, mas que pode ser visitado por qualquer visitante que queira se maravilhar com a diversidade de plantas.
Para chegar à Universidade Central da Venezuela, basta pegar a linha 3 do Metrô de Caracas e descer na estação Ciudad Universitaria, que fica frente à universidade.
Outra visita “obrigatória” na cidade de Caracas é o famoso bulevar de Sabana Grande, ao qual se pode chegar através das estações Plaza Venezuela, Sabana Grande e Chacaito da linha 1. Nele, tanto turistas como habitantes locais podem prestigiar esculturas, apresentações de artistas urbanos, visitar restaurantes, shoppings, lojas e usufruir de várias opções de lazer. Foi recentemente restaurado, e se encontra em ótimas condições para trazer entretenimento às tardes da cidade de Caracas.
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